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Friday, March 18, 2005

Diários da Motocicleta

Hoje me senti o próprio VicenChê! Fiz quase 100 km na garupa de uma motocicleta pelas estradas do interior do Camboja. Ao contrário da La Poderosa, estava numa La Japonesa e no final da ’viagem’ eu já estava com a bacia toda luxada! Agora me dá dor a cada vez que sento mas valeu a pena.

Foi meu primeiro dia de explorador destas terras. Acordei cedo e fui tomar café da manha. Queria algo familiar mas acabei me sentando num restaurante onde havia um casal americano. Achei estranho o cardapio ser apenas em khmer e o garçom veio oferecer o menu. Nada de omeletes e torradas com café. Tomei sopa de galinha com macarrao e chá de jasmim. Descobri que a galinha asiática é definitivamente diferente da galinha européia ou americana. Aqui ela tem mais gosto de ave, com um leve toque de plumas na carne. E a galinha asiática também pega gripe e ainda a passa para os humanos. E eu que achei que apenas no Brasil existisse frango resfriado!!!

Saí do boteco com fome e me saciei com uma lata de Coca Cola e uma barra de chocolate Mars. Voltei para o hotel e o meu guia motoqueiro estava esperando. Fomos para a área dos templos.

Nao vou descrever todos os templos aqui pois levaria horas e ficaria chato de ler. Basta dizer que sao todos estruturas monstruosas no meio da floresta. Foram construídos há quase mil anos e ficaram metade do tempo esquecidos na floresta. Isso fez com que as árvores, raízes e bichos tomassem conta de tudo e deu o que fazer para limpar a área depois que um colonizador/explorador francês topou com tudo isso. Subi escadarias, topei meu dedo em pedras, escorreguei no meio do pó, tirei fotos, suei mas aproveitei. Só que depois do terceiro templo eu já estava meio saturado. Para nao ter que comprar outra entrada amanha, resolvi ver tudo o que o guia diz ser imperdível hoje mesmo e por isso andei tanto de moto!

O Camboja é tudo o que um turista em busca de coisas autênticas quer. Como o país foi colônia francesa e depois esteve fechado ao mundo durante anos desenvolvendo um sistema maoísta camponês de reorganizaçao da sociedade (aboliram o dinheiro, esvaziaram as cidades, escravizaram a populaçao) há muita coisa interessante para constatar. Criancinhas remelentas, ideais para fotos, abundam. Gente sem pernas ou braços ou sem os quatro, aqueles com quem a Lady Di adorava ser fotografada, estao por todos os cantos pedindo esmolas. Há 38 vendedores de água/suco/chá/refrigerantes para cada turista e a cada passo que você dá se escuta: Hello Sir, Water Sir, very cheap Sir, only one dollar Sir! Fora o fato de todo mundo ser um Sir, tudo aqui custa 1 dólar. Nao precisa nem ter Riats para nada. Para tudo o que o dinheiro pode comprar, nem mesmo Mastercard é tao popular. A única coisa que me ofereceram que custa mais do que 1 dólar é uma menina virgem para passar a noite comigo. Declinei polidamente dizendo que estava cansado da viagem.

Iria ficar aqui até Domingo mas como vi tudo o que queria ver hoje, volto para Bangkok amanha. A Carla Cardoso, colega portuguesa da Emirates, chega à Tailândia amanha e queremos ir juntos para Hanói ou Laos. Quero só ver um brasileiro pao duro e uma portuguesa falida vao fazer juntos. Acabaremos fazendo programas com turistas ricos na zona vermelha da cidade!!! Pagando bem, que mal tem? (para quem nao me conheçe saiba que isso é apenas para dar um tempero ao texto, que eu jamais venderia meu corpo no mercado negro)

Vou tentar colocar estas linhas no blog apesar o cyber café onde eu estou ser lento ao cúmulo. Acho que se eu jogar o lixo na cesta, cai no Sábado (errrrrrr). Quem lembra da modinha de falar ‘eerrrrr’ quando alguém falava alguma piada burra? Bem, se você é da minha geraçao, vai lembrar disto e do Cheisy! Bem, vou parar por aqui senao vai virar Blog Retrô!

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